|
Agosto/Setembro/Outubro de 2025 | Edição 04/2025 🕘 Tempo de leitura: 30 minutos 😜
|
 |
Vou precisar transfundir o paciente. Mas… qual dose? Irradiado? Lavado? Filtrado? Pré-medicado? Quem autoriza? Quando é seguro?
Se essas perguntas te travaram (ou você nem sabia que havia tanta diferença assim)… é sinal de que chegou a hora de conhecer a nova coluna da SOPERJ: Doa-se Saber🩸, criada pelo nosso recém-formado GT de Medicina Transfusional Pediátrica.
Fizemos uma pausa para o CONSOPERJ e, na volta, acumulamos novidades demais para caber em uma edição pequena. Boa leitura!
|
|
|
NESTA EDIÇÃO |
|
|
Doa-se Saber 🩸
Você sabe mesmo solicitar "sangue"?
|
|
|
Atualiza Aí 📢
Perdeu o XVI CONSOPERJ 2025?
|
|
|
Atualiza Aí 📢
Intoxicação por metanol - o que eu preciso saber?
|
|
|
Pausa para Refletir 💭
Vacinação em tempos distópicos
|
|
|
Saindo do Forno 🍞
Os artigos para mais recentes para manter você bem atualizado(a)
|
|
|
Pediatria ao redor do mundo 🌍
O Nobel da tolerância: por que os Tregs mudaram a imunologia
|
|
Atualiza Aí 📢
Vacinação como estratégia de saúde na cardiopatia
|
|
|
Manual (Nada) Oficial do Residente:
Convulsões e Estado de Mal Epiléptico: o passo a passo no plantão
|
Do Outro Lado da Mesa 🗣️
"Mas afinal, o que é que eu tenho?"
|
|
|
Prata da Casa 🏅
Dra. Maria Elisabeth Lopes Moreira assume a UTI Neonatal da reaberta Maternidade São José
|
|
|
Educação Continuada SOPERJ 📚
|
|
|
|
|
Agenda Pediátrica 🗓️
|
SOPERJ Informa 📣
|
|
|
|
|
🩸 DOA-SE SABER |
Você sabe mesmo solicitar "sangue"? |
Nem todo mundo sabe. Mas deveria.
Muita gente esquece que transfundir sangue é como fazer um transplante. É uma terapia poderosa e de risco, que precisa ser indicada com critério, autorizada por especialista e cuidadosamente registrada. O médico hemoterapeuta não é só “o cara do banco de sangue”: ele também pode aprovar ou suspender transfusões mal indicadas. E tem respaldo legal pra isso.
💬 Importante: Tudo está regulado pela RDC 34/2014 (Boas Práticas no Ciclo do Sangue – Anvisa) e pela Portaria de Consolidação nº 5/2017 – Anexo IV (Ministério da Saúde). Não é invenção da hemoterapia, é lei.
🧾 Pedido certo, transfusão segura
Uma solicitação de hemocomponente precisa ser completa, legível e sem rasuras. Parece óbvio? Então confere se você sabe o básico obrigatório do formulário:
✔ Nome completo, sem abreviações ✔ Data de nascimento, sexo, idade ✔ Número do prontuário ✔ Leito (se internado) ✔ Diagnóstico ✔ Qual hemocomponente e volume ✔ Modalidade (programada? emergência?) ✔ Justificativa laboratorial ✔ Data, hora e assinatura do médico com CRM ✔ Peso (se necessário) ✔ Histórico de transfusões, gestações, reações anteriores
🚨 Modalidade importa!
Você sabe a diferença entre uma transfusão de urgência e uma de emergência? • Programada – dia e hora definidos • Rotina – até 24h • Urgência – até 3h • Emergência – risco imediato de vida
⚠️ Atenção! Se você indicou como emergência por esquecimento, omissão ou sem seguir o protocolo institucional, a responsabilidade é sua. Tem até termo de responsabilidade pra isso. Literalmente, o sangue pode estar nas suas mãos.
🔒 Segurança transfusional: os 4 pilares 1. Solicitação adequada 2. Amostra bem identificada 3. Indicação dentro dos protocolos 4. Monitoramento rigoroso do paciente
💬 Lembre-se: toda transfusão deve ser acompanhada de perto, do início ao fim, com registro de sinais vitais e sinais de reação. E tudo isso fica arquivado por 20 anos.
⸻
🗂️ Na próxima edição, vamos abrir a bolsa e falar sobre a transfusão na doença falciforme.
📤 Tem dúvida transfusional? Envie sua pergunta para secretaria@soperj.org.br. Quem sabe ela não vira tema da próxima Doa-se Saber?
🩸 Porque conhecimento também salva vidas.
✍️ por Fernanda Chagas (Hematologista Pediátrica e Hemoterapeuta da Maternidade Escola da UFRJ, Hospital Maternidade Fernando Magalhães e membro do GT de de Medicina Transfusional Pediátrica da SOPERJ)
|
|
|
📢 ATUALIZA AÍ |
Perdeu o XVI CONSOPERJ 2025? |
Calma, você ainda pode ficar por dentro! Os palestrantes prepararam resumos curtos e diretos de algumas aulas e tem muita coisa que vai impactar sua prática:
📱 O uso de telas pode causar estrabismo e atrasar a fala? 🦠 VSR: agora todo bebê pode ser protegido com uma dose única? 🧬 Terapia de precisão já está sendo usada em doenças genéticas raras? ♾️ Por que os casos de autismo estão aumentando — especialmente em meninas? 💉 E quando o calendário vacinal não serve?
👉 Clique aqui para acessar os resumos
Aguardamos você no próximo CONSOPERJ em 2027!
✍️ por Leonardo Campos (Redator do PediNews)
|
|
|
📢 ATUALIZA AÍ |
Intoxicação por metanol - o que eu preciso saber? |
🩺 O que o pediatra tem a ver com isso? A vigilância deve ser redobrada diante do consumo precoce de bebidas em festas e “kits da balada” por crianças e adolescentes. A conscientização sobre os riscos do álcool adulterado é medida preventiva fundamental. O consumo de álcool entre adolescentes não é uma prática incomum e, muitas vezes, é autorizada ou até mesmo incentivada pelos pais. Por esse motivo, o pediatra deve orientar, preventivamente, adolescentes e seus responsáveis, além de estar apto a reconhecer os sinais de intoxicação por metanol para poder agir de forma imediata.
Casos recentes de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas acenderam o alerta no Brasil, com dezenas de notificações confirmadas em São Paulo e Pernambuco. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode ser letal e causar cegueira irreversível.
O metanol (álcool metílico) é usado como solvente industrial e combustível. Diferente do etanol, não é seguro para consumo humano. Em processos clandestinos de destilação ou adulteração, pode contaminar bebidas destiladas como vodka, gin ou whisky, sem alterar o sabor.
Após a ingestão, o metanol é metabolizado no fígado em formaldeído e ácido fórmico, compostos altamente tóxicos responsáveis pelos danos metabólicos e neurológicos. O quadro clínico evolui em fases:
1. Período inicial (até 24h): sintomas inespecíficos semelhantes à embriaguez ou “ressaca”: tontura, náuseas, cefaleia. Pode haver acidose metabólica precoce. 2. Início dos sintomas (12–24h): dor abdominal, vômitos, fraqueza, visão turva, fotofobia e escotomas. 3. Complicações graves (24–72h): acidose metabólica severa, confusão, coma, convulsões, arritmias, insuficiência renal e cegueira permanente.
O diagnóstico deve ser suspeitado em qualquer paciente com sintomas neurológicos ou visuais após ingestão de bebida alcoólica, especialmente se houver casos simultâneos entre pessoas de uma mesma festa ou local. A gasometria arterial mostra acidose metabólica com gap osmolar elevado.
O tratamento é emergencial e deve ser iniciado o mais rápido possível:
Antídoto: O fomepizol é o antídoto de escolha, embora não esteja amplamente disponível no Brasil. Utiliza-se etanol endovenoso como alternativa, para competir pela enzima álcool-desidrogenase e impedir a formação dos metabólitos tóxicos.
Hemodiálise: indicada nos casos graves (acidose severa, metanol > 500 mg/L, alterações visuais ou neurológicas).
Suporte clínico: correção da acidose com bicarbonato de sódio, uso de ácido folínico (30 mg IV a cada 6h por 48h) e controle de convulsões.
Todos os casos suspeitos e confirmados são Eventos de Saúde Pública de notificação imediata. A comunicação deve ser feita ao CIEVS Nacional (0800-644-6645 ou e-mail notifica@saude.gov.br) e registrada no SINAN com o CID T51.1 – Efeito tóxico do metanol.
O contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) é essencial para orientação de conduta (Disque-Intoxicação Anvisa: 0800 722 6001).
💬 Importante: O Mininistério da Saúde preparou um fluxograma do manejo da intoxicação por metanol pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Clique aqui para visualizar.
📍 Quer ler mais sobre o assunto?
✍️ por Leonardo Campos (Redator do PediNews)
|
|
|
💭 PAUSA PARA REFLETIR |
Vacinação em tempos distópicos
|
Há alguns dogmas na história da humanidade que são inquebráveis, atravessando gerações: um deles evidencia que o advento das imunizações se constitui na maior descoberta científica criada pelo ser humano no que concerne ao aumento da perspectiva de vida. Moléstias que assolavam o planeta foram controladas, eliminadas ou mesmo erradicadas, e os exemplos são patentes; o mais recente deles é justamente o que fez, de forma assustadoramente paradoxal, emergir e se consolidar um outrora incipiente movimento antivacinista global: a pandemia de Covid-19. Ainda que haja robustas evidências de que, sim, a imunização em massa por meio de vacinas amplamente seguras e eficazes, sem nenhum
fenômeno precedente na História, tenha levado ao controle de tão avassaladora doença, o mundo observa estupefato a disseminação criminosa de informações contrárias à Ciência (com “C” maiúsculo). No âmago da questão, uma dicotomia político-ideológica cujos ânimos acirrados vitimam e continuam demolindo sólidos pilares construídos ao longo de centenas de anos. Uma das notícias mais recentes acerca do tema provém da (ainda) maior potência econômica do mundo — os Estados Unidos da América —, onde uma das mais turísticas regiões vem sendo bombardeada por uma campanha antivacinista oriunda de altas esferas governamentais. O impacto social para o mundo pode ser devastador, respingando nos vizinhos ocidentais, sobretudo nas crianças. E, a partir daí, qual seria o nosso papel? Reforçar, com empatia e baseados em fatos, que todos devem estar com seu calendário de vacinação sempre atualizado — estando aqui ou indo para qualquer
lugar, seremos, logo, poupados de ser vítimas ou vetores de doenças potencialmente graves, cuja proteção é possível por meio das clássicas “picadinhas”.
✍️ por Flavio Czernocha (DC de Imunizações)
|
|
|
🍞 SAINDO DO FORNO |
O que há de novo?
|
Clesrovimabe na prevenção do VSR em lactentes
O Clesrovimabe é o novo anticorpo monoclonal aprovado pelo FDA para prevenir o vírus sincicial respiratório (VSR) em lactentes <12 meses. Em estudo com 3.600 bebês, reduziu as hospitalizações de 2,4% para 0,4% (eficácia de 84%). Outro ensaio, com 1.000 crianças, mostrou resultados semelhantes ao Palivizumabe. Assim como o Nirsevimabe, é aplicado em dose única antes da sazonalidade do VSR e amplia o arsenal de imunoprofilaxia, especialmente em períodos de escassez de doses.
Leia mais
Ondansetrona domiciliar após gastroenterite
Estudo multicêntrico com mais de mil crianças mostrou que o uso domiciliar de ondansetrona, após atendimento por gastroenterite aguda com vômitos, reduziu o risco de casos moderados a graves e diminuiu os episódios de vômito nas primeiras 48 horas. A taxa de efeitos adversos foi semelhante à do placebo, reforçando seu bom perfil de segurança. O uso deve ser reservado a casos em que o vômito dificulta a reidratação oral. 🙋Nota do editor: Nenhum remédio é totalmente livre de efeitos adversos — até a ondansetrona pode, raramente, causar arritmia. Por isso, é fundamental orientar os pais: nada de automedicação. A prescrição deve ser seguida à risca. Leia mais
Ilhotas pancreáticas derivadas de células-tronco no diabetes tipo 1
Em estudo com 14 adultos com diabetes tipo 1 e hipoglicemias graves, a terapia zimislecel — composta por ilhotas pancreáticas derivadas de células-tronco — mostrou resultados promissores: após 12 meses, todos os pacientes com dose completa tiveram HbA1c <7% sem hipoglicemias, e 10 tornaram-se independentes de insulina. Houve poucos eventos adversos graves, como neutropenia e lesão renal aguda. A abordagem pode expandir o acesso ao transplante de ilhotas no futuro. Leia mais
Dexametasona e meningite pneumocócica infantil
Um estudo multicêntrico francês, com mais de 1.200 crianças acompanhadas ao longo de 17 anos, observou que o uso precoce de dexametasona em casos de meningite pneumocócica esteve associado a menor mortalidade em 30 dias. O achado contrasta com estudos anteriores, que não haviam demonstrado diferença significativa no desfecho. Embora os resultados levantem a hipótese de benefício, os autores reforçam a necessidade de novas pesquisas para confirmar o papel da dexametasona na meningite pneumocócica, já que seu uso consolidado continua sendo na meningite por Haemophilus influenzae tipo b, onde há evidência robusta de redução da perda auditiva. Leia mais
Fremanezumabe na prevenção da enxaqueca infantil
O fremanezumabe, anticorpo monoclonal que bloqueia o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), mostrou eficácia na prevenção de enxaquecas em crianças. Em ensaio clínico com 237 pacientes de 6 a 17 anos, o uso mensal reduziu o número de dias com enxaqueca em 2,5 dias por mês, comparado a 1,4 dias no grupo placebo, após 12 semanas. A taxa de resposta (redução ≥50% na frequência das crises) foi de 47% com fremanezumabe versus 27% com placebo. O medicamento foi bem tolerado, com reaçõemaiss leves no local da aplicação como efeito adverso mais comum. Os resultados — ainda apresentados em formato de resumo — sustentaram a aprovação do fremanezumabe pelo FDA para a prevenção de enxaqueca em crianças e adolescentes. O medicamento ainda não é aprovado
no Brasil. Vamos ficar de olho! Leia mais
Guia prático para o diagnóstico das imunodeficiências (erros inato da imunidade)
A Sociedade Europeia de Doenças Infecciosas Pediátrica (ESPID) publicou um artigo recente bem didático sobre o tema, com uma trilha para guiar o diagnóstico. Vale a pena conferir. Leia mais
Novo calendário vacinal da SBP
A SBP acaba de lançar o novo calendário vacinal (atualização 2025/2026). Leia mais
IA na saúde pública: a importância do prompt
✍️ por Leonardo Campos (Redator do PediNews)
|
|
|
🌍 PEDIATRIA AO REDOR DO MUNDO |
O Nobel da tolerância: por que os Tregs mudaram a imunologia |
 |
Durante muito tempo, o sistema imune foi retratado como uma máquina de ataque — precisa, vigilante e programada para destruir o que é estranho. Mas o que impede essa máquina de se voltar contra o próprio organismo? Essa foi uma das perguntas centrais que impulsionaram décadas de pesquisa e, em 2025, renderam o Prêmio Nobel de Medicina a três cientistas que ajudaram a desvendá-la: Shimon Sakaguchi, Fred Ramsdell e Mary Brunkow.
O prêmio reconheceu os estudos que revelaram o papel dos linfócitos T regulatórios (Tregs) na tolerância imunológica periférica — um sistema ativo de contenção que impede respostas autoimunes e inflamações desnecessárias. Hoje, sabemos que os Tregs são um dos protagonistas dessa regulação. Mas não estão sozinhos. A tolerância imunológica envolve também mecanismos centrais (no timo), células B reguladoras, células dendríticas tolerogênicas e outros tipos de linfócitos T com funções supressoras.
O que são os Tregs?
Os Tregs mais estudados são os CD4⁺CD25⁺FOXP3⁺, formados no timo (naturais) ou na periferia (induzidos). Eles controlam a ativação imune por diferentes vias:
• Liberação de citocinas anti-inflamatórias como IL-10 e TGF-β • Consumo preferencial de IL-2, reduzindo sua disponibilidade para células efetoras • Competição com CD28 pelos ligantes CD80/CD86 nas APCs, por meio da expressão de CTLA-4, o que diminui a ativação de novas células T • Indução de células mieloides com perfil regulador • Liberação de vesículas extracelulares contendo mediadores supressores
Tudo isso ajuda a manter o sistema imune sob controle — inclusive frente a estímulos constantes como alimentos, microbiota e tecidos danificados.
Por que isso merece um Nobel?
Porque muda a forma de entender a autoimunidade. A partir desses achados, ficou claro que doenças autoimunes não são só “excesso de ataque”, mas muitas vezes falha do freio. Em modelos animais, a ausência de FOXP3 leva a autoimunidade sistêmica letal. Em humanos, mutações em FOXP3 causam a síndrome IPEX, uma imunopatologia grave e precoce que evidencia o papel indispensável dos Tregs para a homeostase imunológica.
Antes dos Tregs, a tolerância era vista como algo passivo — como deleção ou ignorância imunológica. A descoberta dessas células mostrou que existe um sistema ativo, programado para suprimir respostas inadequadas.
Relevância clínica para a Pediatria
Os Tregs hoje estão no centro da investigação e do tratamento de diversas condições autoimunes e inflamatórias em crianças:
• Lúpus juvenil, com desregulação do eixo Th17/Treg • Artrite idiopática juvenil, especialmente nas formas sistêmicas • Diabetes tipo 1, com perda progressiva da função beta • GVHD após transplante, onde a expansão de Tregs é estudada como prevenção • Doenças monogênicas com desregulação imune, como IPEX e mutações em IL2RA, STAT5B e CTLA4
Além disso, marcadores como FOXP3, CD127low, CTLA-4 e a razão Th17/Treg já fazem parte de painéis imunofenotípicos em centros de referência.
A pesquisa atual inclui ainda subtipos não clássicos de Tregs, como os Tr1 (IL-10⁺FOXP3⁻), os CD8⁺ reguladores, além de Tregs residentes em tecidos, que mostram funções imunorregulatórias específicas conforme o ambiente local.
E o que isso muda?
Muda a forma de tratar. Em vez de apenas silenciar o sistema imune, começa-se a buscar formas de restaurar o equilíbrio — seja expandindo Tregs, seja promovendo um ambiente mais tolerogênico. Isso representa uma mudança de paradigma, especialmente relevante para a Pediatria, onde muitas doenças autoimunes se instalam cedo e com grande impacto funcional.
📍 Quer ler mais sobre o assunto?
Sakaguchi S, Yamaguchi T, Nomura T, Ono M. Regulatory T cells and immune tolerance. Immunological Reviews. 2010;236:5–11.
Ramsdell F, Ziegler SF. FOXP3 and regulatory T cells: role in health and disease. Nature Reviews Immunology. 2003;3(3):190–198.
Wildin RS, Ramsdell F, Peake J, et al. X-linked neonatal diabetes mellitus, enteropathy and endocrinopathy syndrome caused by FOXP3 mutation. Journal of Clinical Investigation. 2002;110(10):1417–1423.
Fontenot JD, Gavin MA, Rudensky AY. Foxp3 programs the development and function of CD4⁺CD25⁺ regulatory T cells. Nature Immunology. 2003;4(4):330–336.
Josefowicz SZ, Lu LF, Rudensky AY. Regulatory T cells: mechanisms of differentiation and function. Cell. 2012;148(6):1001–1010.
|
✍️ por Leonardo Campos e Fernanda Mariz (redatores do PediNews)
|
|
|
📢 ATUALIZA AÍ |
Vacinação como estratégia de saúde na cardiopatia |
Você já pensou na vacinação como estratégia de prevenção cardiovascular?
Pois é. Em pacientes com cardiopatia congênita, não estamos apenas prevenindo infecções: estamos reduzindo o risco de descompensações clínicas, desfechos graves e complicações hemodinâmicas. Uma proteção que vai muito além do pulmão.
📌 O que você precisa saber?
As doenças cardiovasculares seguem como principal causa de morte global.
A inflamação crônica e eventos infecciosos estão diretamente ligados à instabilização de placas, disfunção miocárdica, arritmias e eventos trombóticos.
Infecções como gripe, SARS-CoV-2, VSR e pneumococo aumentam o risco cardiovascular em crianças e adultos.
Vacinas e anticorpos monoclonais modulam a resposta inflamatória e protegem o coração.
Quem deve ser vacinado com atenção redobrada?
Crianças com cardiopatia congênita. Por quê? Porque têm maior vulnerabilidade a infecções, devido à imaturidade imunológica, circulação alterada e maior demanda metabólica cardíaca. Vacinar esses pacientes não é opcional – é parte do cuidado cardiológico.
💉 Grupos especiais: quando ajustar o calendário vacinal
1. Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
2. Síndromes heterotaxiais
Com asplenia ou poliesplenia → risco elevado para germes encapsulados.
Indicações: Influenza, Pneumococo (10, 13, 23), Hib, Meningococo (C ou ACWY), Hepatite, DTPa.
3. Cardiopatas com imunodeficiência (pós-timectomia)
Maior risco infeccioso pela deficiência de linfócitos T.
Evitar vacinas de vírus vivos (ex: febre amarela).
Monitorar sorologias e considerar reforços vacinais.
Avaliação conjunta com imunologista é recomendada.
4. Pré-cirurgia cardíaca
Atualizar o calendário pelo menos 14 dias antes da operação.
Em transplante, antecipar vacinação antes da imunossupressão.
Evitar vacinas de vírus vivos após o transplante.
5. Pós-cirurgia cardíaca
6. Uso de hemocomponentes e imunoglobulinas
7. Crianças em uso de AAS (ácido acetilsalicílico)
Vacinar o paciente cardiopata é tão essencial quanto ajustar a dose do diurético ou acompanhar a curva de crescimento. Além de proteger contra infecções graves, a imunização também previne desfechos cardiovasculares. Por isso, é responsabilidade da equipe pediátrica garantir que todas as vacinas do calendário do SUS e da SBP estejam atualizadas.
📍 Quer ir à fonte?
Johnson JN et al. Congenit Heart Dis. 2017;12(6):756-761.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Calendário de Vacinação 2024/25.
SBIm. Calendário SBIm para Pacientes Especiais – 2023.
Matias WA et al. Arq Bras Cardiol. 2021;116(2):213-218.
DCC/CP SOPERJ. Imunização na Criança. Makadu, 2023.
|
✍️ por Luana Carla de Oliveira Batista Lourenço (Cardiologista Pediátrica, Membro do DC de Cardiologia Pediátrica da SOPERJ)
|
|
|
🏥 MANUAL (NADA) OFICIAL DO RESIDENTE |
Convulsões e Estado de Mal Epiléptico: o passo a passo no plantão |
Quem já passou por um plantão de pronto-socorro sabe: poucas cenas aceleram tanto o coração quanto uma criança convulsionando. É aquele momento em que o tempo parece correr, mas cada minuto conta. E não é exagero — quando uma crise passa dos 5 minutos ou crises frequentes sem retorno interictal ao estado basal, já entramos na definição de estado de mal epiléptico (EME), uma emergência médica que precisa de resposta imediata.
Primeiros 5 minutos: suporte é tudo!
Nada de pânico. A prioridade é MOV: monitorização, oxigênio suplementar e via venosa. E, claro, proteger vias aéreas e aspirar secreções quando necessário. Além disso, sempre realizar coleta laboratorial para descartar distúrbios hidroeletrolíticos e/ou intoxicações e glicemia capilar, porque hipoglicemia é causa silenciosa de crise.
Primeira linha: benzodiazepínicos – 5 a 20 minutos de crise
Aqui entram os velhos conhecidos: ● Diazepam EV: 0,15 - 0,2 mg/kg/dose (máx. 10 mg). Pode repetir até 2 vezes, em intervalos de 5 minutos. Pode ser realizado via EV ou Retal, sendo a última na dose de 0,2-0,5 mg/kg (max. 20 mg, dos única) ● Midazolam: 0,2 mg/kg/dose, em dose única. Pode ser feito EV, IM ou intranasal
Esses são os protagonistas no Brasil, disponíveis na maioria dos serviços.
Segunda linha: anticonvulsivantes de ataque – 20 a 40 minutos de crise
Se a crise não cedeu em até 20 minutos, avançamos: ● Fenitoína EV: 15–20 mg/kg em dose única, infusão lenta (15–30 min), seguida de manutenção de 5 mg/kg/dia, de 12/12h. ● Levetiracetam EV: cada vez mais usado, com dose de 60 mg/kg (máx. 4,5 g/dose). Boa segurança e rápida infusão, em dose única. ● Se não disponíveis, o Fenobarbital ainda é opção (15 mg/kg), em dose única.
Terceira linha: refratário – 40-60 minutos de crise
Passou de 40–60 minutos e nada? Neste caso, repetimos drogas da segunda linha ou partimos para anestésicos contínuos (midazolam, tiopental, pentobarbital, propofol). Nesse ponto, UTI e EEG contínuo são mandatórios.
Em resumo: Abaixo, segue um fluxograma, para uma consulta rápida e sempre que precisar durante esses momentos na residência. É só uma fase, logo tudo isso será medular! Para finalizar, sabemos que no Brasil, a disponibilidade medicamentosa ainda varia, mas o caminho é claro: agir rápido, escalar o tratamento de forma racional e monitorizar sempre. Afinal, no Estado de Mal Epiléptico, cada minuto de convulsão é um minuto a menos de proteção cerebral.
📍 Quer ir à fonte?
Wilder-Smith E, Holser K, Niedermann E. Status epilepticus: pathophysiology and management. Lancet Neurol. 2022;21(5):419–32.
American Epilepsy Society. Guideline for treatment of convulsive status epilepticus in children and adults: report of the Guideline Committee of the American Epilepsy Society. Epilepsia. 2016;57(9):148–70.
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos de emergência: crise convulsiva e estado de mal epiléptico. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
|
 |
Legenda: s/n = se necessário; MF= máscara facial
|
✍️ Elaborado por Izabella Gomes e Isabella Loiola (Residentes Redadoras do PediNews) e revisado por Brenda Klemm Arci M. de Freitas Alves (DC de Neurologia da SOPERJ)
|
|
|
🗨️ DO OUTRO LADO DA MESA |
"Mas afinal, o que é que eu tenho?" |
Revelar o diagnóstico de HIV a crianças e adolescentes ainda é um desafio – e também um cuidado necessário
O avanço da terapia antirretroviral transformou o prognóstico de crianças vivendo com HIV: hoje, elas chegam à vida adulta com saúde e perspectivas. Mas esse ganho exige uma virada de chave no cuidado pediátrico: quando e como contar à criança sobre o próprio diagnóstico? Falar sobre HIV com o paciente não é um momento — é um processo contínuo, que pode durar anos. Exige escuta, preparo, linguagem adequada à idade e um apoio constante à família.
📌 O que você precisa saber?
A revelação do diagnóstico de HIV já é considerada prática de rotina no cuidado de crianças e adolescentes vivendo com HIV (CAVHIV).
Precisa ser planejada com a família e respeitar o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança.
A adesão ao tratamento melhora significativamente após o paciente saber de sua condição.
Estigma e preconceito ainda são barreiras importantes no processo – tanto para a equipe quanto para os cuidadores.
👶 Quando a dúvida surge pela boca da criança
O início da revelação pode acontecer de forma espontânea, com perguntas como:
“Por que eu preciso vir tanto ao hospital?” “Pra que serve esse remédio que tomo todo dia?”
Esse é o momento ideal para, com apoio da equipe, começar a construir uma narrativa honesta e acolhedora, sem ainda nomear o vírus, mas esclarecendo o cuidado.
Fase a fase: como o PCDT orienta Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (2024), a introdução do tema deve seguir a seguinte lógica:
| Faixa etária |
Estratégia de revelação |
| 6 a 8 anos |
Início da abordagem (doença crônica, cuidado) |
| 8 a 10 anos |
Aprofundar a explicação, nomear o "HIV" |
| 10 a 14 anos |
Usar os termos HIV/AIDS, discutir prevenção |
O impacto da revelação vai além do diagnóstico
Revelar a sorologia tem benefícios concretos para a saúde e o bem-estar:
Favorece a adesão ao tratamento
Reduz o sentimento de culpa e confusão
Prepara para a vida sexual com educação e prevenção
Cria espaço para autonomia e protagonismo no autocuidado
Por isso, o ideal é que a revelação seja feita em etapas, acompanhando o paciente antes, durante e depois da nomeação do vírus — com apoio dos cuidadores e da equipe de saúde.
😔 Por que ainda é tão difícil falar?
A revelação pode ser atravessada por múltiplas camadas de estigmas sociais:
Associar HIV a comportamentos “desviantes” como uso de drogas ou trabalho sexual
Estigmas cruzados de raça, classe, território, deficiência, gênero e orientação sexual
Medo de causar sofrimento ou rejeição
Essas marcas impactam o modo como as famílias lidam com o HIV — e, muitas vezes, dificultam ou atrasam a revelação. Cabe à equipe conhecer o contexto social, os valores familiares e a história de cada paciente.
🤝 Grupos terapêuticos: o espaço onde tudo faz sentido
Os grupos para adolescentes vivendo com HIV são mais do que suporte — são estratégias de cuidado coletivo, com formatos diversos:
Grupos abertos ou fechados
Psicoeducacionais ou de ajuda mútua
Temporários ou permanentes
Nesses espaços, surgem amizades, trocas e pertencimento. É ali que o adolescente entende que não está sozinho, que o HIV não o define, e que cuidar de si é também um ato de resistência. Os grupos são um poderoso complemento no processo de revelação — e um antídoto contra o estigma.
📍 Quer ir à fonte?
Zanon BPP et al. Rev. Gaúcha Enferm. 2016;37(esp):e2016-0040.
Programa Estadual DST/Aids CRT DST/Aids-SP. Manual para Assistência à Revelação Diagnóstica às Crianças Vivendo com HIV/AIDS. 2008.
Ministério da Saúde. PCDT HIV em Crianças e Adolescentes. Brasília, DF, 2024.
New Horizons. Disclosure of HIV Status Toolkit. Children & AIDS, disponível em: childrenandaids.org
Cruz MLS et al. AIDS Care. 2015;1:6-9.
Cruz MLS et al. Ciência & Saúde Coletiva. 2021;26(7):2653-2662.
|
✍️ por Fernanda Cavalcanti de Albuquerque Jundi, Maria Leticia Santos Cruz e Mariza Curto Saavedra (Grupo de Trabalho de HIV – SOPERJ)
|
|
|
🏅 PRATA DA CASA |
✨ Nossa comunidade é feita de gente que inspira. |
🏆 Dra. Maria Elisabeth Lopes Moreira assume a UTI Neonatal da reaberta Maternidade São José
A maternidade da Casa de Saúde São José, no Humaitá, está de volta. E quem está no centro desse recomeço é uma das nossas: a Dra. Maria Elisabeth Lopes Moreira, ou simplesmente Bebeth, para os mais próximos, que assume agora a coordenação da nova UTI Neonatal da instituição.
Depois de cinco anos fechada desde a pandemia, a maternidade reabre com a promessa de ser um espaço moderno, acolhedor e com excelência em cuidado. A escolha de Bebeth para liderar a UTI é um acerto e tanto. Pediatra, neonatologista, pesquisadora, educadora incansável e redatora do PediNews, ela é daquelas pessoas que unem conhecimento profundo com afeto genuíno.
Na prática, isso significa bebês assistidos com tecnologia de ponta, mas também com escuta, colo e presença. Significa uma equipe bem treinada, integrada, e um olhar cuidadoso desde o primeiro minuto de vida.
O anúncio da reabertura saiu no G1, e a gente não podia deixar de registrar aqui esse orgulho imenso. A maternidade São José ganha uma coordenadora à altura de sua história. E a SOPERJ segue ganhando quando gente como a Bebeth leva seu brilho para onde faz diferença de verdade.
Parabéns, Bebeth. 👏
|
|
|
🎬 EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SOPERJ |
Confira os últimos eventos gravados! |
Fique por dentro do que rolou até agora!
Conheça um pouco do trabalho realizado pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro em 2025.
|
 |
|
|
Clube do Pulmão - Perturbações Respiratórias do Sono
03 de julho/2025
|
 |
|
|
Bioneuroemoción: Uma Nova Abordagem para um Bem-Estar Biopsicosocial
16 de setembro/2025
|
 |
|
|
Apresentação de Casos Clínicos Relacionados a Saúde da Criança e do Adolescente
Discussão de um caso desafiador de lúpus eritematoso sistêmico juvenil com múltiplos acometimentos orgânicos (23 de setembro/2025)
|
 |
|
|
III Jornada de Oftalmologia
24 de setembro/2025
|
 |
|
|
Doença Meningocócica em Foco: da Epidemiologia à Prevenção
30 de setembro/2025
|
 |
|
|
Câncer Infantil: Acelerando o diagnóstico e fortalecendo o cuidado
02 de outubro/2025
|
 |
|
|
Medicina Contemporânea
08 de outubro/2025
|
 |
✍️ por Leonardo Campos (Redator do PediNews)
|
|
|
👓 CALEIDOSCÓPIO |
O parto espetáculo |
 |
Em geral não percebemos o quanto somos atravessados e influenciados pela cultura. Tudo que nos parece natural ou, por extensão, “normal” vem de uma construção social (cultura). Um exemplo rápido para tornar mais objetiva essa ideia. Até 1973 o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) classificava homossexualismo (expresso dessa forma) como doença. Hoje isso é impensável. O que mudou? Algum conhecimento mitocondrial ou a sociedade e como entendemos as relações humanas? É a cultura que nos atravessa e modifica nosso modo de ver o mundo.
No entanto, em alguns momentos, essas mudanças culturais, ao invés de ocorrerem por acumulação, ocorrem por revolução. Algo como a água sendo aquecida (acumulação) e entrando em ebulição (revolução).
Essa introdução é para falar de uma ebulição em curso. Ligamos o fogo sob a panela e, lentamente, a vida foi sendo espetacularizada. Isso não se deveu à internet e sim a um avanço do capitalismo (sem fazer juízo crítico). As relações sociais, gradualmente, deixaram de ser vividas de forma direta e passaram a ser mediadas por imagens (quem quiser se aprofundar- “A sociedade do espetáculo”, Guy Debord, 1987!). Essa transição transforma tudo em aparência e mercadoria (a ser consumida).
Quando lemos a notícia de maternidades que oferecem quartos ampliados para receber convidados, com serviço exclusivo e luxuoso e uma janela onde poderão assistir ao nascimento de um bebê, percebemos a ebulição e nos espantamos. O que vemos, e nos revolta, é a coisificação, de um momento incrivelmente íntimo, único, existencial, ser transformado em um objeto de consumo. O ser mãe se modifica em ter um parto. Ter um parto, passa ser equiparado a ter o último iPhone, bolsa, óculos com aro de tartaruga ou ainda o mocassim bege da moda. E o capitalismo sorri. Ou melhor, o capitalismo não sorri porque não existe, não é uma pessoa, mas quem vende para quem caiu na malha da infelicidade perpétua (sempre existirá algo que não tenho e almejo), gargalha. O parto filmado
não é mais suficiente. Agora eu quero esse parto incrível onde as pessoas vão ser servidas com champanhe e canapés e eu serei validada, reconhecida, aceita. Mas isso só até quando não vier a próxima edição do parto espetáculo com algo que, se eu não tiver, serei infeliz.
A questão, portanto, não está no parto. Esse é o sintoma que “ferveu” e nos choca. Precisamos ir um pouco além do sintoma e buscar a causa. A causa está em um mundo onde o ter é mais importante do que o ser. Do mesmo modo que precisamos recuperar a vida ao ar livre, o encontro fora das telas, devemos fazer uma reflexão crítica sobre a cultura do consumo que nos atravessa e aliena.
Não vamos viver sem consumo ou sem capitalismo. Não é essa a proposta. Mas a lucidez pode orientar nossas escolhas, acalmar nossas aflições por não termos e seguirmos a vida sendo quem somos. Esse é o maior espetáculo de todos- o brilho de cada um com o seu modo de ser.
✍️ por Roberto Cooper (Redator do PediNews)
|
|
|
🗓️ AGENDA PEDIÁTRICA |
Cursos e Eventos |
|
Congressos |
Rio de Janeiro - RJ |
Recife - PE |
|
|
📣 SOPERJ INFORMA |
Departamentos novos, ideias frescas!
Você sabia que a SOPERJ acaba de oficializar dois novos espaços de atuação científica e técnica? Vem aí o Departamento de Cuidados Paliativos e Dor e o Grupo de Trabalho em Medicina Transfusional Pediátrica — e as equipes já estão prontas pra arregaçar as mangas!
A criação dessas novas frentes faz parte da gestão 2025–2027 e reforça nosso compromisso com áreas muitas vezes invisibilizadas no dia a dia da pediatria.
👥 Quem está à frente?
🕊️ Departamento de Cuidados Paliativos e Dor Presidente: Fernanda Lobo Rascão
Secretária: Suzana Beta Bittar
Membros: Bianca Amorim Santana, Christianne Terra de Oliveira Azevedo, Débora Angeli, Eduardo Carreira Cardoso, Flavio Ferreira de Andrade, Elisa Carvalhal de Souza, Luciana Ramalho Silva, Monique da Costa Ginardello Guimarães Pinheiro, Raquel de Seixas Zeitel
🩸 Grupo de Trabalho em Medicina Transfusional Pediátrica
Presidente: Flavia Miranda Gomes de C. Bandeira
Membros: Daniela Capuzzo Dias Castiglione, Fernanda Moraes Pinheiro das Chagas, José Eduardo Miguel de Souza, Leonardo Rodrigues Campos, Maina Rouxinol da Silva, Maria Elisabeth Lopes Moreira, Patricia Olga Souza Sergio, Paulo Ivo Cortez de Araújo, Rosane Crespo Marques
|
|
|
|
|
Queremos ouvir você! |
Queremos deixar o PediNews cada vez melhor, e para isso, precisamos do seu feedback.
Ao registrar sua opinião abaixo, você será direcionado(a) para uma nova aba onde poderá, se quiser, complementar com um comentário.
💡 Agradecemos desde já, sua opinião faz toda a diferença!
|
O que achou dessa edição do PediNews? |
|
|
|
|
|
|
|
🗓️ AGRADECIMENTO |
Equipe Editorial PediNews |
Por trás de cada edição, temos uma equipe dedicada de pediatras e redatores que transformam temas complexos em conteúdos práticos e leves.
🙋♂️ Leonardo Rodrigues Campos – Editor-Chefe LinkedIn 🙋♀️ Maria Elisabeth Lopes Moreira – Editora Adjunta Lattes 🙋♀️ Fernanda Pinto Mariz – Redatora Científica Lattes 🙋♂️
Roberto Cooper – Redator Científico Lattes 🙋♀️ Bárbara Neffá Lapa e Silva – Redatora Científica Lattes 🙋♀️ Izabella dos Santos Gomes – Redatora Científica (Médica Residente) Lattes 🙋♀️ Isabella Loiola Lima – Redatora Científica (Médica Residente) Lattes
Juntos, queremos que você se sinta em casa ao ler a PediNews – como uma conversa com um colega de profissão.
📩 Quer divulgar sua pesquisa? Envie sua conquista para o Prata da Casa🏆
Obrigado e até a próxima! 👋
|
|
|
|
|
|
 |
|
| \n\n\n\n
|
|
|
|
|